Mister Chandelier

Ele vivia em Paris, na cidade luz, onde os holofotes existiam como uma expressão do ego imaginário. Como seria a luz do dia? Poderia ele ter conhecido esta luz sequer num único dia? Mister Chandelier era elegante e vagava nas ruas, nas noites parisienses. Mas, nunca caminhava sozinho, pois o Sol estava sempre de mãos dadas com a escuridão, Rahu. Era um permanente eclipse, um eclipse permanente. O seu ascendente era Leão e o regente de Leão é o Sol, aquele mesmo Sol que andava de mãos dadas com Rahu. Aqui, temos um caso, um mistério: como desvendar a luz do dia durante um eclipse? O ascendente ou a casa 1 fala de nossa identidade. O sol representa nossa alma. Se a nossa alma estiver encoberta, nossa inteligência (Mercúrio) pode estar mergulhada nas emoções de escorpião. A natureza de Mercúrio no mapa é ter foco. Se a alma, por sua vez não tem a identidade, se a inteligência não tem foco, vemos então a mente, como está a mente? Também, nas mãos de Rahu. A estrela nakshatra da Lua é Swati. Então, nos resta os sentidos. Marte está Áries. Achamos um caminho: Marte em Aswini, segundo pada. Aswini é uma estrela divina e regida por Ketu, o qual indica espiritualidade. Aswini é a estrela da cura, da cirurgia, da transformação. O segundo pada está relacionado a Vênus. O que poderia ser isto? Mídia social ou arte para instituições espiritualistas. O que impede isto? A mente é superior aos sentidos, a inteligência é superior a mente e a alma é superior a inteligência, ou seja, parece existir uma hierarquia sutil, muito sutil e ela é ocasionada por Rahu, aquele que encanta, que tem uma luz, um brilho, mas é artificial.