Entrevista com a autora: R. Fefer (Govindapriya)
Atualizado: 17 de ago. de 2021
1 – Fale um pouco sobre quando você decidiu viver de literatura e explique o que é literatura.
- Há infinitas definições e conceitos do que é literatura na concepção de muitos estudiosos. Mas, se eu fosse um rishi e olhasse para as estrelas e pudesse dizer alguma coisa, eu diria que poderia ser uma descrição de uma imagem sensorial acústica existencial refletida no papel. Viver de brisa, não é tão fácil, não é mesmo? Então, quanto a viver de literatura e das letras foi algo que teve um início longínquo, lá em 1992, quando comecei a mergulhar na Literatura Védica. Mas, só recentemente, em 2015, através do Curso de Letras Inglês, veio a se materializar efetivamente.
2 – Quais são as suas influências para o desenvolvimento dessa linguagem?
- A influência da Cultura Védica e a convivência com os indianos do Norte da Índia.
3 – Quais foram os principais desafios que você vivenciou ao longo da sua carreira?
- Traduzir livros em equipe. Pessoas muito técnicas matam uma obra se a imagem sensorial acústica transmitida pelo autor deixar de existir.
4 – Quais são as habilidades fundamentais para o escritor na cena atual?
- Estar sempre atualizado e sempre estar produzindo, não existe literatura sem produção literária.
5 - Qual projeto você está trabalhando nesse momento?
- Há projetos como educadora e como escritora.
6 - Fale de seus projetos como educadora.
- Como educadora há postagens, artigos, estudos sobre a King James Version, livros e exercícios para cultivar a língua Inglesa.
7 - Fale de seus projetos como escritora.
- Como escritora, um dos projetos pessoais e que é para todos os tipos de leitores é o livro Nagamani, um livro de autoconhecimento, que está em fase de revisão e o projeto do Daarshani E-books. O Daarshani tem a intenção de criar um gênero literário diferenciado, criado a partir de uma personagem real, com dados reais. Um livro que fale de alguém que busca por si mesmo através de um mapa, tentando encontrar seu próprio tesouro. A proposta não é escrever um livro de ficção, mas um livro real em que a pessoa possa se perceber, tecer caminhos através da descoberta de suas sensibilidades e potencialidades para dar sequência de seus próximos capítulos existenciais.
8 - Se você tivesse mais recursos para produzir que recursos seriam estes?
- Produziria os livros em "virtual reality 3d". A pessoa poderia perceber muito mais facilmente a linguagem do escritor.
9 – Qual a mensagem você gostaria de deixar para o seu público sobre o Daarshani E-book e o Manual de Sadhana?
- Aos sábados e domingos, estaremos sempre a disposição de um novo livro ou novo episódio, sempre que possível, neste trabalho multidisciplinar entre escrita e jyotish interligados. Jyotish no Ocidente é conhecido como Astrologia Védica. Mas, no Oriente é conhecido como os olhos dos Vedas. O Daarshani E-book é um projeto ampliado do que chamamos a carta natal e o Manual de Sadhana está relacionado a nossa percepção de sincronicidade com o universo. Amanheceu? Despertamos. Anoiteceu? Dormimos. Depois da sexta onda surfamos, depois que o mar recua o siri entra na água. Antes do sol nascer percebemos quão maravilhoso é buscar, buscar a luz, buscar o divino, etc.
10 – Para finalizar explique como seria isto: O OLHAR DOS VEDAS.
- Nós não nos colocamos como protagonistas, mas como observadores das ações, sem deixar que elas nos envolvam sem o adequado entendimento. O background deste conhecimento cultural védico é o Srimad Bhagavad-Gita.
